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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Vida pessoal/Professora

Quando eu era estudante, sempre tive a visão de que professor era um ser divino que praticamente não tinha vida pessoal. "Ele é meu professor", essa frase me soava como se essa pessoa vivesse num bloco de cimento (escola) e não tivesse nada além daquilo, na minha visão professores tinham tudo dentro da escola, como se nem no banheiro eles fossem.
Quando resolvi me tornar professora, entendi que esse pensamento não tem nada a ver. Inclusive porque eu tenho sim uma vida pessoal, e juro crianças, não é fácil lidar com essas duas vidas. Parece um tipo de identidade secreta, assumimos uma identidade dentro de sala de aula, que às vezes não tem nada a ver com a realidade de nossa identidade.
Mesmo quando nos há problemas pessoais, eu pelo menos, ou infelizmente, não consigo fazer essa separação.
Há espanto por parte dos alunos inclusive quando nos veem em algum lugar que não seja a escola, num shopping, por exemplo. Eu acredito que o que mais espanta meus alunos ao me verem nesses lugares são as tatuagens.
Trabalho com todas elas o mais escondido possível para evitar perguntas e coisas mais (até porque sou formadora de opinião e tem assuntos que tenho que ser neutra).
Problemas familiares existem para todos queridos, inclusive nós professores, e saibam que alguns dias estamos dando aula "no modo automático". Não é que não estamos a fim de dar aula, ou que não queremos brincadeiras, ou que estamos bravos. Trabalhar e fingir que não há nada de errado em qualquer umas das situações de nossas vidas é mais difícil do que vocês possam imaginar. Paciência queridos, assim como temos com vossas brincadeiras, todos os dias de nossas aulas.

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