Friendzone

Toda vez que bate aquela tristeza, um sentimento de vazio, lembro-me sempre dos amigos que a vida me investiu.
Acontece que quanto mais se convive com alguém, mais afeição se cria a ela e é aí que a decepção chega.
Chega quando há um erro na interpretação de gestou, carinho ou até de atenção. Chega quando em um dado momento, dá-se a liberdade e intimidade para o outro entrar em sua vida e participar dela.
E pela falta disso, quando se acha alguém assim, o coração não quer
perder, não quer se sentir abandonado novamente. E há o apego.
Mas quando o apego é só para um dos lados, temos a friendzone. A temida. Que até hoje eu não entendo o porquê desse medo. Uma vez que ter amigos é tão reconfortante, ou até mais do que um amor, já que o amor nem sempre nos faz bem. Como diria um trecho de um autor, que não me recordo o nome no momento, "há pessoas que se amam tanto que tem a capacidade de se fazerem mutuamente infelizes".
Alguém aí já fez um amigo infeliz ou já se sentiu infeliz por um amigo?
Se já, pense bem, talvez nunca foi amigo de verdade.